Sem dúvida que há uma grande relação de dependência entre a economia e a tecnologia. Desde o século XVIII, com a revolução industrial, que houveram grandes alterações na economia de cada país. O facto de se utilizar outros equipamentos e, naturalmente, mais sofisticados e eficazes, provoca mudanças positivas na economia do país, pois permite aos empresários, produzir mais, melhor, e em menos tempo, tornando assim o produto mais barato e com melhor qualidade. No entanto, nem tudo é positivo, a utilização excessiva e não controlada da tecnologia, poderá trazer à sociedade e ao ambiente envolvente desvantagens, entre elas a poluição.



imagem1 Inês Fernandes

domingo, 1 de junho de 2008

Tecnologia na economia


O avanço tecnológico poder ser muito benéfico para a economia, pois podemos substituir as pessoas por maquinas, com isto podemos produzir em larga escala e muito mais barato, com esta produção podemos gerar muito dinheiro e construir um PIB com valores elevados, mas como diz um velho ditado popular "quem tudo quer tudo perde" ou seja se dispensarmos os serviços das pessoas e elas ficarem sem emprego, elas vão ficar sem poder de compra, logo não compram e as empresas produtoras vão ficar com stocks acumulados por não os conseguirem vender, mais tarde vão fechar portas e abrir falência originando mais desempregados e mais pobreza, logo uma ruptura na economia.
Esta prova foi dada nos anos 30 quando se deu um "crash" na economia americana, nessa altura produzia-se loucamente sem parar sempre tendo em vista obter um lucro máximo. Esta acumulação de stocks que não se conseguiam vender levou a uma crise a escala mundial, provocando momentos de pânico em todo o mundo!
Esta prova mostrou ao mundo que não se podia produzir tendo em ponto de vista único o lucro, mas sim uma visão económica ou social.
Uma economia saudável é aquela que consegue superar crises sem elas afectarem a sua população, aquela que permite um bem estar daqueles que nela vivem!


josé benjamim

O impacto do avanço tecnológico na economia

A tecnologia é de extrema importância para o nosso planeta, ninguém o pode negar. O problema coloca-se quando as vantagens da tecnologia não se sobrepõem às suas desvantagens.
São indiscutíveis todas as coisas boas que o avanço tecnológico nos trouxe. A descoberta de curas para certas doenças, a qualidade de vida que um habitante do planeta Terra pode alcançar, os computadores que já fazem quase tudo, os automóveis, resumindo tudo. Fazendo uma retrospectiva chego eu mesma à conclusão que as tecnologias presenciam quase todo o meu dia-a-dia. Será isso bom? Será que nós, habitantes do planeta, nos estamos a tornar demasiado dependentes das tecnologias?
Começo-me agora a aperceber das consequências desta dependência por parte das pessoas. Preços do petróleo que sobem a pique, o desemprego que não pára de aumentar, e muitas outras que nos podem passar completamente ao lado. Todas estas consequências do avanço tecnológico trazem também consequências para cada país. Nomeadamente na economia tem-se sentido bastante o aumento do preço de petróleo. As economias de cada país estão bastante tremidas, instáveis, as pessoas têm cada vez menos poder de compra e ninguém sabe onde isto vai parar. Escusado será dizer que a culpa de tudo isto não é de ninguém senão do Homem.
Medidas devem ser tomadas para inverter a situação que o nosso mundo está a ultrapassar para assim a economia mundial também melhorar. Mas tem que partir de cada um e com o apego que todos temos às novas tecnologias vai ser árdua tarefa!

Mariana Piçarra

Escravos dos nossos dias

Em pleno século XXI, existem mais de 27 milhões de pessoas que sobrevivem em autênticas situações de escravidão. Num mundo interrelacionado e que se entende como responsável de tudo aquilo que se faz ou se deixa de fazer no planeta Terra, na era das comunicações, já ninguém é completamente livre. Mas alguns o são infinitamente menos que outros.
Hoje existem mais pessoas a viverem em condições desumanas que em qualquer outro momento da História. Alguns estudos da União Europeia chegam a apontar o número de 200 milhões de pessoas que vivem em situação de “escravidão”.
Há situações de submissão em forma de trabalho e de prostituição, a servidão por dívidas, e o trabalho infantil, que afecta cerca de trezentos milhões de crianças segundo denuncia incansavelmente a Unicef.
Os escravos de hoje podem ser imigrantes que trabalham de sol a sol em plantações de agricultura intensiva na Europa, pedreiros de construções por empreitada e sem direitos reconhecidos, assim como tecelões de tapete ou de artigos desportivos em inúmeros lugares da Ásia para as grandes firmas multinacionais. Os escravos dos nossos dias, às vezes, sofrem tratos brutais e em ambientes mais stressantes que os da Antiguidade.
A escravidão foi definida em 1926 pela Convenção contra a Escravidão, promovida pela Liga das Nações, como "a condição de uma pessoa sobre a qual se exercem todos ou algum dos poderes associados ao direito de propriedade". Assim se ampliava o âmbito da escravidão histórica reconhecendo outras formas similares.
Em modernos informes se distinguem distintos mecanismos de submissão à servidão. Um é o laboral, do qual participam as crianças forçadas a trabalhar em fábricas têxteis na Índia, em minas no Congo ou fabricando azeite nas Filipinas, ou as mulheres das fábricas no Vietname, os emigrantes birmaneses na Tailândia e os haitianos forçados a cortar cana na República Dominicana, ou os escravos nas plantações de bananas em Honduras e os subcontratados por fábricas de calçado e artigos desportivos no Camboja.
A escravidão sexual é outra das formas de submissão de seres humanos - as redes de prostituição e de exploração sexual, que afectam mulheres, crianças e emigrantes. Há que acrescentar ainda algumas formas de casamento forçado que implicam a escravidão das mulheres.
Apesar de que a Convenção Suplementar da Escravidão (1956) proíba "Toda instituição ou prática em virtude da qual: uma mulher é, sem que tenha o direito de recusa, prometida ou dada em casamento, mediante remuneração em dinheiro ou espécie entregue a seus pais, tutor, família ou a qualquer outra pessoa ou grupo de pessoas; o marido de uma mulher, a família ou clã deste têm o direito de cedê-la a um terceiro, a título oneroso ou não", ainda permanecem vigentes em muitos lugares os acordos de casamento com contrapartida económica.
Existem zonas rurais nas que, ante a indiferença dos governos, as dívidas familiares são saldadas com a entrega de crianças como "servidores por toda vida". É de conhecimento de todos nos países receptores de imigrantes - estes imprescindíveis para manter o nível de vida das sociedades europeias - o terrível endividamento daqueles que chegam sem documentos e caem nas mãos de máfias criminosas sob ameaça de denunciá-los ou de vingarem-se em suas famílias.
Do mesmo modo há que considerar como uma forma de escravidão o que sucede com as crianças recrutadas à força pelos exércitos de Sudão, Somália, Libéria, Zaire ou Serra Leoa. Na América Latina são conhecidos os milhares de adultos coagidos para alistarem-se em exércitos regulares, em guerrilhas ou grupos paramilitares.
A raiz do problema da actual escravidão está na pobreza absoluta de zonas cada vez mais amplas do planeta e na exploração sistemática e impiedosa dos mais fracos, praticada por companhias transnacionais que não respeitam fronteiras, nem reconhecem lei, nem ordem que não sejam para seus benefícios económicos.
Escreveu Martín Luther King que, "quando reflectiríamos sobre nosso século XX, não nos parecerá que o mais grave tenha sido os crimes dos malvados, mas sim o escandaloso silêncio das boas pessoas".
Por isso, é preciso denunciar o ambiente que gera esta nova forma de escravidão: os escravos de hoje são produto da guerra, dos criminosos negócios de armas e do narcotráfico, assim como da demente competitividade dos mercados. É o resultado de um ultraliberalismo que confunde o valor com o preço, que considera os seres humanos como mercadorias e as riquezas da terra como recursos exploráveis. Ante esta situação explosiva, os novos imperialismos satanizam todo protesto ou levantamento como a satânicos terroristas. Os excluídos de hoje se levantarão e tomarão pela força o que lhes negam na justiça.

João Vinha

Mundialização e Imigração

A promessa do mundialismo é o velho sonho de todos os cosmopolitas: realizar a unidade política do mundo, fazendo dele uma única comunidade humana.
Ninguém imaginaria é que este sonho se tornaria numa exigência económica para a sobrevivência das grandes potências do mundo, o crescimento das suas empresas e o aumento do consumo dos seus habitantes exigiu a expansão dos seus mercados.
Para que isso se tornasse possível, passaram a reclamar em nome de uma prosperidade futura, a abolição dos controlos dos movimentos de capitais, eliminação das restrições que limitavam o acesso das empresas estrangeiras aos mercados nacionais.
Os ricos esperavam maior prosperidade e tem-na tido. Aos pobres foi-lhes prometido o paraíso, mas só depois duma fase de tormenta. O que tem tido, é apenas a miséria. A melhoria das condições de vida é cada vez mais uma miragem para a maior parte da população mundial.

A globalização acentuou de forma dramática a percepção das desigualdades entre os povos.
A vida para dois terços da Humanidade tornou-se um sofrimento e privação quotidiana. Milhões morrem à fome, sabendo que noutra parte do mundo outros morrem por obesidade, atolados no consumismo. Olham à sua volta e constam que nada tem do que a outros sobra. Estão dispostos a tudo, menos a continuarem a suportar a privação. É uma luta de vida ou de morte.

Os que conseguem chegar ao "paraíso", o que encontram (se encontrarem) é trabalho escravo, a luta infernal pela sobrevivência dia após dia. A esmagadora maioria aceita trabalhar e viver à margem da lei e em condições que não se podem considerar humanas.

Não tardam em se aperceberem que não passam de mão-de-obra barata, sem direitos de espécie humana. Sobre estes pobres imigrantes acaba por recair a acusação de estarem a destruir direitos dos trabalhadores que duramente os conquistaram nos países que agora os acolhem.

Não tardam também em tomarem consciência que neste processo estão igualmente a serem usados pelos Estados. Quanto mais entraves burocráticos lhes impõe à legalização, mais os forçam a viverem na clandestinidade. Na verdade, quanto maior for o contingente de clandestinos no mercado de trabalho, maior será a pressão sobre os que estão legalizados para aceitarem uma generalizada precarização das relações laborais, assim como maiores jornadas de trabalho e uma redução nos salários.
O mundo assiste hoje à expansão do consumismo. Um parte da Humanidade consome de forma impulsiva. Pouco lhe interessa quem fabricou os produtos, as condições em que os fez e a que custo. O que verdadeiramente conta é que os mesmos lhes agradem e os possa adquirir.
Face a este panorama, os direitos humanos se são a única referência consistente, são também uma referência vazia de sentido para a maior parte da Humanidade, para a qual a questão prioritária é a da sobrevivência física dia após dia.
Os factores impulsionadores da globalização são hoje de tal forma fortes e atingiram uma tal dinâmica, em particular o desenvolvimento tecnológico, que um país pequeno não tem qualquer possibilidade de travá-la e mesmo um país grande e rico, isoladamente, teria muita dificuldade em fazê-lo.

Para um país como Portugal, a globalização, contrariamente àquilo que alguns às vezes parecem sugerir, não é uma opção que o poder político ou os agentes económicos e sociais possam fazer. É sim uma realidade que se impõe a quem tem de tomar decisões, sejam os governos, sejam as empresas ou outros agentes económicos e sociais.

As grandes empresas, se não querem ser vencidas pelos concorrentes, têm que adoptar estratégias a uma escala que ultrapassa as fronteiras nacionais, mas isso não significa fazer investimentos no estrangeiro a qualquer preço e de lógica empresarial duvidosa. Antes pelo contrário.


Carmen Caeiro

Globalização


A globalização, de que tanto se fala, é muito abstracta e pouco concreta, logo é difícil criar uma definição oficial. No entanto alguns países já a possuem, por exemplo Espanha: «Tendência dos mercados e das empresas a alargarem-se, alcançando uma dimensão mundial que ultrapassa as fronteiras nacionais».

A globalização acentuou de forma dramática a percepção das desigualdades entre os povos ao abrir as fronteiras ao comércio mundial, desenvolveu a competição entre empresas e trabalhadores de todo o mundo. Nesta competição global, a única forma de sobrevivência possível é produzir mais e mais barato.
Nos países onde se concentram dois terços da Humanidade, milhões de crianças são usadas nesta competição global. A escravatura tornou-se uma prática corrente. É certo que milhões de pessoas nunca conheceram outra.

O desemprego, o fim das estruturas de segurança social, a quebra dos laços de solidariedade, etc. Estes são os efeitos perversos da competição à escala global.

O mundo assiste assim hoje à globalização da especulação financeira. Os novos predadores aniquilam sectores económicos inteiros de países em operações bolsistas, realizadas algumas num ponto qualquer. O capital não tem pátria, nem limites para a sua acumulação. Os meios usados perderam toda a conotação moral, estão convertidos em simples "operações" financeiras.

O mundo assiste hoje à expansão do consumismo numa lógica predadora de recursos. Um terço da Humanidade consome de forma impulsiva. Pouco lhe interessa quem fabricou os produtos, as condições em que os fez e a que custo. O que verdadeiramente conta é que os mesmos lhes agradem e os possa adquirir.

Assim conclui-se que as empresas multinacionais e as empresas globais são uns dos agentes mais importantes na criação da globalização, pelo menos a nível económico e comercial.


Andreia Geraldes

Inovações tecnológicas e o seu impacto no meio ambiente

Nos últimos anos nos países mais desenvolvidos economicamente no mundo tem crescido os movimentos sociais que exigem uma nova política e ética global. Proclama-se a necessidade de um novo equilíbrio com a natureza, uma utilização mais racional e menos perdulária dos recursos disponíveis. Apela-se à reutilização. A ideia chave é a da necessidade de uma maior responsabilização perante o legado que deixaremos às gerações futuras.

Desde os anos 70, o movimento ambientalista vem discutindo as implicações do avanço tecnológico sobre o ecossistema planetário. Através da noção de impactos e riscos ambientais, têm sido apontados os mais diversos efeitos das modernas tecnologias sobre o meio ambiente. Com a perspectiva da inovação, o presente trabalho quer explorar novas questões acerca da problemática tecnológica.

Carmen Caeiro

Inovação tecnológica como factor de crescimento económico

O conceito de tecnologia está associada a materiais, ferramentas, técnicas e processos.
Porém, em termos económicos, a tecnologia deve ser encarada como o conhecimento humano aplicado para ampliar a produção. Para aplicar o conhecimento à produção, a nação ou região deve possuir mão-de-obra capacitada, ou seja, deve propiciar um ambiente capaz de criar e manter a capacitação tecnológica.
O factor tecnológico é imprescindível para a vitalidade da economia. A inovação tecnológica é responsável pelo rompimento e/ou aperfeiçoamento das técnicas e processos de produção. Pode, desta forma, trazer ganhos em termos de competitividade.
A forte influência das inovações tecnológicas no crescimento económico é representada pela melhoria da qualidade das máquinas e equipamentos utilizados, elevando a produtividade da mão-de-obra empregada e o crescimento do produto e do emprego, por meio do retorno do investimento, assegurando os lucros, que estimulam a acção empresarial, a produção e a adopção de novas tecnologias.
A busca pela inovação é uma variável constante para as empresas continuarem a crescer e permanecerem competitivas.

Carmen Caeiro

Trabalho infantil

A criança, ao mesmo tempo que ajudava a família, aprendia um ofício e os comportamentos que a levariam à vida adulta.
Tratava-se, assim de um início natural de educação.
Com a industrialização, o desenvolvimento da urbanidade e a expansão das actividades comerciais, o conceito de trabalho sofre profundas alterações.

Falar de trabalho infantil passa inevitavelmente por nos situarmos na complexa
sociedade de consumo em que vivemos, por nos posicionarmos nesta sociedade global que criando a ilusão da abundância gera, por um lado um crescente número de necessidades (necessidades artificiais), e por outro acentua o fosso das desigualdades sociais entre os povos.

A deslocalização das multinacionais para os países de mão-de-obra desqualificada e barata, é um dos indicadores de que é preciso lutar contra uma sociedade sustentada na ideia do lucro fácil, do acesso a mais e mais bens de consumo.
Representa também a desresponsabilização dos países mais ricos, face a um
problema que também é seu. É que, ao passar a imagem de que no seu o seu país está livre deste “flagelo social”, escondem o recurso à mão-de-obra infantil noutros pontos do mundo.
Por tudo isto é cada vez mais necessário a implicação concertada dos diferentes grupos sociais (sociedade civil, empresários, estruturas governamentais,...) na construção de uma consciência social sobre esta problemática, condição essencial na viragem de uma sociedade do “ter” – consumo – para uma sociedade do “ser” – valorização dos direitos humanos, neste âmbito, dos direitos das crianças.
Neste domínio as instituições educativas são, uma vez mais, chamadas a
desempenhar um papel fundamental na formação de cidadãos críticos,
empreendedores de códigos de conduta, baseados no respeito máximo pelos
direitos sociais fundamentais, ou seja, pela consideração da “qualidade social” como princípio básico e orientador da suas acções.

A globalização liberal em nada contribuiu para modificar este cenário. Isso porque num mundo em que a livre circulação de capitais e mercadorias é garantida de forma global, as indústrias dos países só conseguem manter-se no mercado aproveitando ao máximo o único trunfo em que são amplamente competitivas: o baixo custo de sua força de trabalho. Sem a participação de crianças no trabalho, ganhando sensivelmente menos que os adultos, muitos países veriam a sua competitividade ruir e as suas exportações diminuírem diminuindo assim as receitas.

Carmen Caeiro

Será que todos beneficiamos de igual forma com a globalização?

A nível mundial, a globalização é claramente benéfica para o desenvolvimento e o bem-estar das populações. E é assim, porque a globalização pressiona os governos a combater os desperdícios na utilização dos dinheiros públicos e favorece a eficiência na afectação dos recursos e o progresso tecnológico, porque alarga o campo de escolha dos indivíduos e promove o desenvolvimento dos mercados financeiros, o investimento e a valorização dos recursos humanos.

Associado ao actual período de globalização iniciado nos anos 50 está um aumento significativo da prosperidade global.

A grande questão que se levanta não é de saber se a globalização é ou não benéfica para o mundo como um todo, mas sim a da equidade na distribuição dos seus benefícios entre os países e entre os indivíduos. É aí que se põe a maior parte dos problemas éticos.

É evidente que os benefícios da globalização não chegam a todos os países e dentro de cada país os ganhos não acorrem igualmente a todos os indivíduos. Isto é, os benefícios distribuem-se de modo assimétrico.

Os países com melhor dotação de factores, principalmente em matéria de recursos humanos e tecnologias de informação e comunicação, que são afinal os países ricos, colhem mais facilmente os benefícios.

No entanto, não é verdadeira a afirmação de que os benefícios da globalização têm ocorrido apenas nos países industrializados.

A informação estatística disponível evidencia melhorias substanciais nos níveis de vida de países em vias de desenvolvimento.

A informação estatística disponível mostra que, nos últimos 20 anos, verificou-se um aumento das desigualdades entre países e, em geral, o mesmo aconteceu na distribuição do rendimento entre indivíduos dentro de cada país.

O rendimento per capita mundial aumentou, mas aumentou também a diferença entre os mais ricos e os mais pobres.

Embora um país como um todo tenda a ganhar com a globalização, há grupos da população que ganham e outros que perdem.

Tendem a ganhar os indivíduos com melhores qualificações. Em geral perdem aqueles que têm dificuldade em se adaptarem às mudanças tecnológicas e aqueles que trabalham em sectores que anteriormente gozavam de proteccionismo ou em sectores de procura pouco dinâmica. A ética da governação não permite que se ignorem os custos que se abatem sobre estes cidadãos.

Contudo, num mundo globalizado, a estratégia mais adequada para o combate às desigualdades e à exclusão social dentro de um país está na adopção de políticas públicas dirigidas à igualdade de oportunidades dos indivíduos, principalmente através da educação, da formação profissional, da saúde, da habitação e da segurança.

As pessoas com mais baixos níveis de educação e qualificações são aquelas com maior risco de caírem no desemprego e na exclusão social.

As mudanças tecnológicas e a revolução em matéria de informação e comunicação que caracteriza o actual fenómeno da globalização vieram aumentar ainda mais a relevância das políticas públicas dirigidas à educação e qualificação dos grupos mais pobres da sociedade. Várias medidas são importantes neste domínio: ensino básico e secundário gratuito; subsídios de educação orientados para as famílias de baixos rendimentos; programas contra o insucesso e abandono escolar; programas de integração das crianças da rua.

No mundo global a educação e a formação profissional ocupam uma posição chave na construção de uma sociedade mais justa.


Como os benefícios da globalização não se distribuem equitativamente entre os países, impõe-se uma política redistributiva à escala mundial, dos países mais ricos para os mais pobres.

Primeiro, por uma razão moral. Os habitantes dos países ricos não podem ignorar as condições de extrema pobreza e sofrimento em que vivem as pessoas de alguns países do mundo.

Mas para além da razão moral, há uma motivação racional. Os países ricos devem compreender que a solidariedade e a redistribuição do rendimento à escala mundial são benéficas para a sua própria segurança e prosperidade. Um mundo de grandes desigualdades de desenvolvimento entre os países, em que alguns se encontram em situação da mais profunda pobreza, é um mundo inseguro e instável. Não temos de nos surpreender que as pessoas dos países mais pobres procurem emigrar para os mais ricos, contribuindo aí para o agravamento de problemas como a droga e a criminalidade.

A dificuldade da política de redistribuição de rendimento dos países ricos para os países pobres está na inexistência de um governo mundial que a imponha.

Ter-se-á que confiar muito na cooperação internacional, na sensibilidade social dos líderes dos grandes países, na acção das organizações internacionais mais vocacionadas para a ajuda ao desenvolvimento.

A globalização e a difusão das tecnologias de informação e comunicação, ao reforçarem as interligações económicas e financeiras entre países e regiões, tornam mais necessária a cooperação entre os Estados e mesmo a coordenação internacional de políticas e não dispensa, como é óbvio, alguma regulação. Não só para impedir o agravamento das desigualdades, mas também para reduzir as possibilidades de ocorrência de crises financeiras com repercussões internacionais a que a crescente volatilidade dos mercados pode dar lugar.

Carmen Caeiro

As vantagens e desvantagens do avanço tecnológico

As vantagens e desvantagens do avanço tecnológico


Existe um equilíbrio ténue entre as vantagens e as desvantagens que o avanço da tecnologia tráz para a sociedade.

A principal vantagem é reflectida na produção industrial: A tecnologia torna a produção mais rápida e produz em maiores quantidades e, sendo assim, o resultado é um produto mais barato e com maior qualidade;

Por outro lado, o avanço da tecnologia promove o desemprego tecnológico, desemprego resultante da evolução da tecnologia, os trabalhadores sem reciclagem profissional são incapazes de se adaptar ás novas tecnologias, transformando muitas vezes o desemprego tecnológico em desemprego de longa duração.



Ana Maiorgas

Relação entre Economia e Tecnologia

Relação entre Economia e Tecnologia


Após a revolução industrial muitos países presenciaram grandes mudanças positivas no seu desenvolvimento, permitindo aos mesmos melhorar a produtividade e aumentar o PIB.

Portugal é um bom exemplo para tentar explicar esta relação entre a tecnologia e a economia. Quando a revolução industrial se iniciou no nosso país, Portugal também melhorou a sua produtividade e aumentou o seu PIB, no entanto, nem sempre se manteve num período de expansão. Hoje em dia, encontramo-nos num período de baixo crescimento do PIB, e uma das grandes causas deste distanciamento com outras empresas internacionais é o facto de apostarmos pouco nas inovações tecnológicas.

Segundo o Reitor da Universidade dos Açores, “A insuficiência de inovação, resultante da falta de formação científica e tecnológica, repercute-se numa produtividade muito baixa, de cerca de 60% da média da União Europeia. Daí, a necessidade do acréscimo de horas de trabalho para se alcançarem resultados menos comprometedores. Porém, a inovação é um imperativo económico, mas igualmente um predicado político e social. É a inovação que acresce a produtividade do trabalho e a competitividade das empresas. É a inovação que pode libertar mais mão-de-obra, suscitando o alargamento dos benefícios sociais sustentáveis, próprios das sociedades mais desenvolvidas.”


Vera Pereira


Um problema na economia

Hoje em dia todos os países do mundo dependem quase exclusivamente de uma fonte de energia, o petróleo, energia essa que é esgotável a curto prazo! Todos os combustíveis fosseis são esgotáveis pois o seu processo produtivo é muito longo e necessitávamos de largos milhares de anos para obter novamente esses combustíveis.
Então a ciência depara-se com um novo problema, arranjar um novo combustível que não poluía e que exista em quantidade inesgotável. Porém a ciência já descobriu esse combustível é o Hidrogénio (H2O), este combustível não polui e não se esgota, é a solução para o problema mais caótico que nos atinge todos os dias.
Isto parece muito simples e tínhamos o problema resolvido, mas imaginem se deixasse-mos de utilizar petróleo do dia para a noite, se deixasse-mos de atestar os nossos carros com gasóleo, gasolina, gás ou outro combustível fóssil, era muito bom mas existem multimilionários que dominam as economias e que enquanto houver petróleo não lhes interessa deixar de venderem milhões e milhões euros em petróleo, e que se o deixassem de vender provavelmente desencadeariam uma guerra qualquer porque passavam a ver as suas fortunas a diminuir!
Como vemos o problema não passa só pela ciência e pelo avanço tecnológico mas sim pela mentalidade de cada um de nós!
Se não fizermos qualquer coisa urgentemente pelo nosso planeta e deixarmos esses loucos dos cifrões andarem á solta continuando impunes, pode ser que no futuro iremos viver para a lua!



José Benjamim

globalização

globalização
imagem2 Inês Fernandes